Turismo rural de experiência no Espírito Santo oferece vivências autênticas no campo

O turismo de experiência já deixou de ser moda para virar realidade – e das mais encantadoras. Em vez de apenas visitar pontos turísticos e tirar fotos, cada vez mais viajantes procuram vivências autênticas, que permitam mergulhar no dia a dia das comunidades locais. E quando o assunto é acolhimento, cultura e natureza, o Espírito Santo tem dado um show, especialmente nas regiões rurais.

Por aqui, produtores abriram as porteiras das fazendas para receber visitantes com café passado na hora, histórias contadas no alpendre e atividades que fazem a gente se sentir parte da paisagem. De acordo com Renata Vescovi, gestora do Polo de Turismo de Experiência do Sebrae, a pluralidade capixaba é um prato cheio. Com tantos atrativos naturais, o estado oferece um leque diverso de vivências. E a ruralidade é um dos pontos fortes: é onde o visitante encontra não só belas paisagens, mas também gente que faz e vive com o coração.

Os feriados de abril – com a Sexta-feira Santa (18), Tiradentes (21) e Nossa Senhora da Penha (28) – são uma ótima chance para colocar o pé na estrada. Mas vale ficar de olho: alguns locais exigem agendamento. Já os que funcionam com entrada livre costumam abrir cedo, então chegar com antecedência é sempre uma boa ideia.

Um bom exemplo é o Empório do Morango, no Forno Grande, em Castelo. A propriedade da família Kuster virou um destino que faz os olhos brilharem – principalmente os das crianças. Com produção própria, os visitantes colhem os morangos direto do pé e aproveitam um restaurante acolhedor e uma lojinha cheia de delícias artesanais. Joelma Kuster conta que a família aproveitou a tradição na produção para criar algo novo. O espaço abre aos sábados, domingos e feriados, sem necessidade de agendamento. A entrada custa R$ 40 para adultos e R$ 10 para crianças. Os morangos são pagos à parte, de acordo com o que for colhido.

Já quem quer conhecer o universo das abelhas de pertinho, pode se encantar no Apiário Florin, em Pedra Azul, Domingos Martins. Arno Wieringa, responsável pelo local, explica que o visitante acompanha a produção, prova o mel direto da colmeia e escolhe entre vários tipos de experiências, como workshops, visitas técnicas e turismo pedagógico. Os valores variam de R$ 135 a R$ 600, com agendamento obrigatório pelo site www.florinexperience.com.br. A loja de agroturismo, porém, está aberta todos os dias, das 9h às 17h, sem necessidade de reserva.

Em Santa Teresa, a herança italiana tem aroma de vinho e sabor de cachaça artesanal. É lá que fica a Vinícola Ziviani, no Vale de Tabocas. Fundada por descendentes de imigrantes italianos, a vinícola cultiva mais que uvas: preserva a história de uma família que chegou ao Brasil com uma muda de videira escondida numa batata. Aos fins de semana e feriados, das 8h às 16h30, os visitantes podem degustar vinhos por R$ 50 (com direito à taça de brinde) e passear pelo parreiral na época da colheita, com entrada a R$ 10. Durante a semana, só com agendamento. E para quem quiser levar um pouco do sabor para casa, a caixa de 2 kg de uva sai a R$ 30.

No campo capixaba, cada experiência é um convite para sentir – não só ver. Seja colhendo morangos, explorando o mundo das abelhas ou brindando com um bom vinho, o Espírito Santo mostra que viajar pode ser muito mais do que passar: pode ser viver.

Fonte: Agência de Notícias do Sebrae