Setor produtor de arroz afirma que não haverá desabastecimento no Brasil

Foto: Freepik

Entidades representativas do setor orizícola do Rio Grande do Sul, Estado responsável por mais de 70% da produção de arroz do Brasil, afirmam que não faltará o cereal no mercado nacional. A informação foi divulgada no dia em que o Governo Federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), anunciou que autorizou a importação de até um milhão de toneladas do produto.

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Mesmo com a situação de calamidade pública que assola os gaúchos, em decorrência das enchentes que atingiram mais de 400 municípios do Estado, a nota assinada por quatro entidades do setor afirma que “inexiste risco de desabastecimento de arroz ao mercado consumidor”.

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“Verifica-se que, diante da atual conjuntura no Estado do Rio Grande do Sul, é natural que haja apreensão com relação às condições de abastecimento do arroz no Brasil, haja vista os significativos danos causados pelas chuvas torrenciais que ocorrem no Estado que concentra a produção e a industrialização do cereal no país”, destacam as entidades.

Segundo a nota, conforme dados oficiais, cerca de 84% da área cultivada no Estado foi colhida antes do início das chuvas. “A projeção da safra 2023/2024 atinge aproximadamente 7.150 milhões de toneladas, o que representa uma redução de cerca 1,24% em relação ao volume produzido na safra anterior”, acrescentam.

“Assim, percebe-se que a possível diminuição da disponibilidade de arroz em razão das perdas de produtores afetados pelas enchentes que assolam o Estado será, inevitavelmente, compensada pelo incremento da importação e perda de competitividade do arroz brasileiro no mercado externo”, informam as entidades.

Outro fato são as dificuldades de escoamento da produção enfrentadas em razão da interdição de estradas estaduais e federais, “que serão, brevemente, superadas em decorrência do empenho de todo o país e da natural reorganização das cadeias produtivas”, acreditam.

Diante dessas informações, a nota termina com a garantia que não haverá desabastecimento do cereal. “Reforçamos, desse modo, o entendimento de que a catástrofe climática que assola o Rio Grande do Sul não impõe qualquer ameaça ao abastecimento de arroz à população brasileira, de modo que seguiremos (produtores rurais, cooperativas e indústrias) comprometidos com a missão de garantir a segurança alimentar do Brasil”.

Assinam a nota a Federação das Associação de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Federação das Cooperativas de Arroz do Rio Grande do Sul (Fearroz), Sindicato das Indústrias de Arroz de Pelotas (Sindapel) e o Sindicato das Indústrias do Arroz do Estado do Rio Grande do Sul (Sindarroz).

O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, reforçou que a produção de arroz do Rio Grande do Sul, somada a outros estados produtores do grão, deve garantir o abastecimento interno. Para o presidente da federação, o estado gaúcho tem condição de colher uma safra de 7 milhões de toneladas.

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