Recorde nas exportações do agro capixaba no 1º quadrimestre de 2024

Nos quatro primeiros meses de 2024, as divisas geradas com as exportações do agronegócio no Espírito Santo somaram mais de US$ 928,9 milhões (ou R$ 4,8 bi), maior valor já registrado na série histórica, considerando o primeiro quadrimestre do ano. Esse resultado representa um crescimento de 71,4% em relação ao primeiro quadrimestre de 2023 (US$ 541,8 milhões). O crescimento no valor de exportações do Estado foi significativamente superior ao nacional, onde o índice do Brasil foi de apenas 3,7%. Mais de 878 mil toneladas de produtos do agro capixaba foram embarcadas para o exterior, representando um crescimento de 10%.

As maiores variações positivas no valor comercializado foram para carne bovina (+2.118%), café cru em grãos (+212,5%), álcool etílico (+127,7%), mamão (+29,1%), chocolates e preparados com cacau (+25,5%), celulose (+19,5%), gengibre (+11,3%) e café solúvel (+2,6%). Porém, foi observada uma queda em divisas geradas na carne de frango (-32,8%), nos pescados (-19%) e na pimenta-do-reino (-0,3%).

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Em relação ao volume comercializado, houve variações positivas carne bovina (+2.449%), café cru em grãos (+265,5%), álcool etílico (+126,9%), mamão (+34,7%), chocolates e preparados com cacau (+15,3%) e café solúvel (+2,3%). Por outro lado, foi registrada queda na quantidade exportada de carne de frango (-40,2%), peixes (-30,8%), gengibre (-22,4%), pimenta-do-reino (-21,2%) e celulose (-4,6%).

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Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba – complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino – representaram 95,2% do valor total comercializado de janeiro a abril de 2024.

No primeiro quadrimestre de 2024, nossos produtos foram enviados para 101 países. Os Estados Unidos se destacam como principal parceiro comercial, com mais de 27,1% do valor comercializado. Além disso, a participação relativa do agronegócio nas exportações totais do Espírito Santo no trimestre foi de 26,2%. “Esses dados mostram como estamos avançando com competitividade no cenário internacional e isso é fruto de muito trabalho e resiliência dos produtores e das agroindústrias do Espírito Santo, que conseguem atingir mercados em todos os continentes com produtos de qualidade e sustentáveis”, pontua Enio Bergoli.

De janeiro a abril deste ano, dez produtos se destacaram em geração de divisas. O complexo cafeeiro ficou em primeiro lugar com US$ 513,7 milhões (55,3%), seguido por celulose com US$ 316,3 milhões (34,1%), pimenta-do-reino com US$ 54,3 milhões (5,8%), carne bovina com US$ 9,4 milhões (1%), mamão com US$ 8 milhões (0,86%), chocolates e preparados com cacau com US$ 6,3 milhões (0,68%), álcool etílico com US$ 4,1 milhões (0,44%), gengibre com US$ 3,9 milhões (0,43%), peixes com US$ 2 milhões (0,22%) e carne de frango com US$ 1,9 milhão (0,20%). O conjunto de outros diversos produtos do agronegócio somou US$ 9 milhões (0,97%).

CAFÉ – Na pauta de exportação do ano passado, o complexo cafeeiro passou a ocupar o primeiro lugar, impulsionado pelo café conilon que mais que triplicou o volume de sacas exportadas no último ano. No primeiro quadrimestre deste ano foram exportadas 2,3 milhões de sacas de conilon, 171,4 mil sacas de arábica e 188,2 mil sacas equivalentes de solúvel, que dá um total de 2,6 milhões de sacas de café até o momento.

Neste primeiro quadrimestre o Espírito Santo também foi o maior exportador brasileiro de pimenta-do-reino, gengibre e mamão, com participação em relação ao total nacional de 58%, 60% e 40%, respectivamente. Além disso, superou o Estado de São Paulo na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído, conquistando a segunda posição no ranking nacional das exportações totais de café e derivados.

CARNE BOVINA – As exportações de carne bovina cresceram 28 vezes, saindo de 75 toneladas no primeiro quadrimestre de 2023 para 1.912 toneladas no primeiro quadrimestre de 2024. Neste ano, foram geradas US$ 9,4 milhões em divisas, colocando a carne bovina na quarta colocação no ranking de produtos do agronegócio com maior receita para o acumulado do ano. A China foi o principal consumidor, com mais de 65,7% do volume importado, seguido pela Argélia (7,8%) e Hong Kong (6,9%).

Esse crescimento pode ser atribuído principalmente à crescente demanda internacional, especialmente como alternativa à carne de frango que ainda sofre alguns embargos devido à gripe aviária. Outro fator importante a se considerar é a confiança na qualidade sanitária, acesso facilitado aos mercados internacionais, investimentos em tecnologia e práticas de produção de alta qualidade presentes no Espírito Santo.

RESSALVA – Em análise dos dados nas bases oficiais, notou-se uma inconsistência nos dados de exportações do agronegócio do Espírito Santo referentes aos meses de fevereiro e março de 2024, especificamente relacionada ao produto Açúcar de cana; com código NCM 17011400.

De acordo com os registros disponíveis, foi constatado que houve uma notável disparidade entre os valores e volumes de exportação do referido produto nos mencionados meses em comparação com dados históricos e informações fornecidas pelas indústrias sucroalcooleiras do Estado. Os valores registrados, sendo US$ 10,2 milhões em fevereiro e US$ 11,1 milhões em março, juntamente com os volumes de 19,8 toneladas e 21,6 toneladas, respectivamente, destoam significativamente das médias históricas de exportação do produto pelo Espírito Santo, principalmente considerando que esses dados são referentes apenas ao primeiro trimestre de 2024.

Após consultas realizadas com as indústrias sucroalcooleiras e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, levantou-se a suspeita de que tais números possam ter sido inflados devido a possíveis erros no lançamento de notas fiscais ou ações de empresas de trading que atuam no Espírito Santo. Portanto, os dados de açúcar fora da curva foram desconsiderados nas análises.

Fonte: Seag

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