Quatro novos mercados para produtos brasileiros na China

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante o encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, realizado nesta quarta-feira (20) em Brasília, a China, principal parceiro comercial do Brasil, abriu quatro novos mercados para produtos agropecuários brasileiros. O acordo marca mais um avanço na diplomacia econômica, elevando para 281 os mercados conquistados pelo Brasil desde o início de 2023.

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Os protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduanas da China (GACC) definem as exigências fitossanitárias e sanitárias para a exportação de uvas frescas, gergelim, sorgo e derivados de pescado, como farinha de peixe e óleo de peixe, destinados à alimentação animal. Essa diversificação beneficia produtores de diversas regiões brasileiras, ampliando as oportunidades no mercado chinês.

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O presidente Lula, ao anunciar as conquistas, ressaltou a relevância do Brasil como maior fornecedor de alimentos à China desde 2017, destacando que o agronegócio brasileiro continua essencial para a segurança alimentar do país asiático. O ministro Carlos Fávaro, por sua vez, celebrou os 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China, reforçando o compromisso com sustentabilidade e ampliação das parcerias estratégicas.

PROJEÇÕES – Estima-se que os novos acordos possam movimentar até US$ 450 milhões anuais em exportações, com potencial para ultrapassar US$ 500 milhões, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa. A China, maior importadora mundial de gergelim, investiu US$ 1,53 bilhão nesse produto em 2023, enquanto o Brasil, sétimo maior exportador, busca expandir sua participação no mercado global.

A farinha de pescado também ganha destaque, com a China liderando as importações globais (US$ 2,9 bilhões em 2023). Embora o Brasil represente apenas 0,79% do mercado mundial, o potencial de crescimento é promissor. No caso do sorgo, o Brasil, que hoje contribui com 0,29% das exportações globais, pode expandir sua presença no mercado chinês, avaliado em US$ 1,83 bilhão no último ano.

As exportações de uvas frescas, um segmento em crescimento para o Brasil, também prometem bons resultados. Estados como Pernambuco e Bahia serão os principais fornecedores para a China, um grande consumidor de uvas premium, com importações que ultrapassaram US$ 480 milhões em 2023.

SUSTENTABILIDADE – Os produtos exportados deverão atender a rigorosos critérios fitossanitários. As uvas frescas, por exemplo, deverão ser cultivadas em pomares registrados e seguir boas práticas agrícolas. Já para os derivados de pescado, é necessário implementar sistemas de controle de qualidade e rastreabilidade, além de garantir que as matérias-primas sejam provenientes de fontes autorizadas, promovendo a sustentabilidade na produção.

Com esses novos acordos, o Brasil reforça sua posição como um parceiro confiável e estratégico para a China, consolidando-se como um dos maiores fornecedores globais de alimentos e insumos agrícolas.

Fonte: Mapa

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