Pesquisadores registram fungo inédito em batata-doce
Pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) registraram a ocorrência inédita do fungo Boeremia exigua em folhas de batata-doce. Trata-se do primeiro registro mundial desse fungo na parte foliar da planta .
Segundo os pesquisadores Hélcio Costa e Inorbert Melo, a doença foi detectada no município de Santa Maria do Jetibá, onde observou-se manchas foliares atípicas para a cultura. “Diferente do que se imaginava, no campo já existe uma interação entre o fungo e as folhas da batata-doce, o que resulta em mancha foliares e, por se tratar de algo inédito, muito ainda deverá ser pesquisado quanto aos riscos desse fitopatógeno à cultura”, relatou Hélcio Costa.
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Para a confirmação da espécie fúngica de Boeremia exigua utilizou-se uma combinação de dados moleculares e morfológicos. Esse trabalho, publicado na edição de maio de 2020, da revista científica “Australasian Plant Disease Notes”, contou com a colaboração dos pesquisadores Robert Barreto, da Universidade Federal de Viçosa (MG), e Adans Colman, da Universidad Nacional de Asunción (Paraguai).
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Batata-doce é uma importante fonte de alimentação
A batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.) é uma cultura agronômica com raízes de sabor doce, amiláceos e tuberosos. O tubérculo é relatado como uma das culturas alimentares mais importantes do mundo, pois é uma importante fonte alimentar e rico em nutrientes, fibras e energia. Os tubérculos contêm um alto nível de vitaminas A, C e B6, potássio, fósforo e niacina. As folhas da batata-doce contêm grandes quantidades de vitaminas, minerais, antioxidantes, fibras alimentares e ácidos graxos essenciais, que desempenham um papel vital na promoção da saúde.
O tubérculo é nativo das regiões tropicais da América, de onde se espalhou para outras partes do mundo, e requer dias e noites quentes para um ótimo crescimento e desenvolvimento radicular. O Espírito Santo tem, aproximadamente, 300 hectares de área cultivada com batata-doce. No entanto, essa cultura ocupa, aproximadamente, 53 mil hectares no Brasil.
“Observa-se nos últimos anos um aumento da área cultivada em decorrência da demanda e da rentabilidade do produto ser positiva. A demanda é o fator que mais chama a atenção, visto que houve aumento significativo nos últimos anos, principalmente devido às características nutricionais. Com aumento da área cultivada atenção maior deverá ser dada às questões fitossanitárias”, explicou o pesquisador Inobert Melo.
Fonte: Incaper
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