Novo surto de gafanhotos é monitorado por governo do Rio Grande do Sul
Foto: Senasa
Julio Huber
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Um novo surto de gafanhotos identificado pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), da Argentina, colocou em alerta autoridades do governo do Rio Grande do Sul. A nova infestação dos insetos foi detectada nos municípios de Campo Viera e Itacaruaré, na província de Misiones, na Argentina, na fronteira com as cidades brasileiras de Rincão Vermelho e Porto Xavier, no estado do Rio Grande do Sul.
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A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul iniciou, na última segunda-feira (30), investigação sobre surtos de gafanhotos na região Noroeste do Estado. As informações de ocorrência partiram dos produtores, sindicatos rurais e entidades da região.
“Estamos averiguando a situação, mas, segundo as informações obtidas, não se tratam de gafanhotos migratórios da espécie Schistocerca cancellata. A ocorrência de surtos de gafanhotos de diversas espécies é esperada devido às condições climáticas e a época do ano”, tranquiliza o agrônomo Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr.
Conforme Felicetti, os levantamentos preliminares indicam infestações descentralizadas, não passíveis de formação de nuvens. A suspeita é que se trata de uma espécie endêmica e comum. “A preocupação maior é a ocorrência de surtos de Schistocerca cancellata, já que o potencial de infestação e danos é maior. Há equipes diligenciando a região para o monitoramento e orientação aos produtores. A secretaria está avaliando as medidas necessárias de resposta, havendo necessidade”, explica.
As tarefas realizadas pelos agentes do Centro Regional Corrientes-Misiones, na Argentina, detectaram gafanhotos principalmente do gênero Zoniopoda e da espécie Chromacris speciosa.
Essa não é a mesma espécie que chamou a atenção no país em julho e agosto. A nuvem anterior que se aproximou do sul brasileiro era da espécie Schistocerca cancelatta, que possui uma capacidade migratória maior que a da nuvem atual.
Até o momento, esses insetos foram observados em três fazendas no município de Campo Viera e em uma em Itacaruaré, não havendo relatos de grandes danos à erva-doce, sendo detectados principalmente em ervas daninhas e grandes árvores em que se registrou alimentação relatou Senasa.
Informações de surtos devem ser encaminhadas à Seapdr, por meio dos canais de comunicação, ou à rede de vigilância, composta pelas inspetorias e escritórios de defesa agropecuária da secretaria e os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar.
Canais de comunicação de surtos
- WhatsApp: (51) 8412-9961
- E-mail: vigifito@agricultura.rs.gov.br
- Atendimento DDSV: (51) 3288-6289 e 3288-6294
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