Há mais de 20 anos, Espírito Santo eleva a qualidade do café
Foto: Julio Huber
O Espírito Santo brilhou mais uma vez no principal concurso de cafés especiais do Brasil. No Prêmio Coffee of the Year 2024, os produtores capixabas levaram os títulos de melhor arábica e melhor canéfora, além de garantirem sete das dez posições de destaque entre os finalistas. Esse reconhecimento nacional e internacional não é obra do acaso: há mais de duas décadas, o Estado investe em qualidade como política pública para sua cafeicultura.
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Foi no final dos anos 1990 que o Espírito Santo começou a transformar a sua produção cafeeira. Por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e em parceria com o setor público e privado, o Estado lançou um projeto pioneiro para melhorar a qualidade dos grãos. Essa iniciativa trouxe inovações na colheita e pós-colheita, e a implementação de ações como o controle da broca-do-café deu início a uma revolução na cafeicultura local.
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Nos anos 2000, o Espírito Santo deu um passo ainda mais ousado ao capacitar técnicos e produtores em provas de café e ao participar de eventos internacionais. A criação das primeiras salas de prova e a formação de profissionais especializados marcaram a chegada definitiva dos cafés capixabas ao mercado global. A isso se somaram iniciativas como o Prêmio Real Café e uma assistência técnica mais robusta, que impulsionaram o espírito empreendedor dos produtores locais.
REFERÊNCIA – Nas palavras de Lucio De Muner, que coordenava a cafeicultura capixaba na época, o Estado passou de “patinho feio” a rota obrigatória para os maiores importadores de cafés especiais dos Estados Unidos, Europa e Japão. Essa transformação veio com tecnologias inovadoras, como descascamento de frutos, secagem em terreiros cobertos e colheita seletiva de grãos maduros.
Iniciativas como o lançamento do Centro de Cafés Especiais do Espírito Santo (Cecafes) e das unidades regionais de referência consolidaram o Estado como líder em qualidade. Além disso, a sustentabilidade ganhou espaço com os indicadores de avaliação econômica, ambiental e social desenvolvidos pelo Incaper, que balizam práticas responsáveis na produção.
Em 2023, o Governo do Estado lançou o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura, uma política que integra governança, tecnologia e inclusão social. Com isso, os produtores têm acesso a recursos e conhecimentos para continuar elevando a qualidade de seus cafés, agora com ainda mais foco na sustentabilidade.
COY – O Espírito Santo fez bonito no Coffee of the Year 2024. Paulo Roberto Alves, do Sítio Campo Azul, em Divino de São Lourenço, venceu na categoria Arábica, com impressionantes 90,25 pontos. Já Antônio Cézar Demartini Landi, do Sítio Vargem Alta, em Jerônimo Monteiro, foi o campeão da categoria Canéfora, com 86,42 pontos. Ambos, assim como outros premiados, são assistidos pelo Incaper, evidenciando o impacto positivo das ações de pesquisa e extensão no campo.
O prêmio foi entregue na Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte, e reforça o protagonismo capixaba na produção de cafés especiais. A trajetória de sucesso dos cafés do Espírito Santo é a prova de que qualidade e sustentabilidade caminham lado a lado no campo.
Quer aprender mais? Confira os vídeos do Incaper e descubra os segredos para produzir um café especial.
Recomendações para a produção de Cafés Especiais
https://www.youtube.com/watch?v=AzlrSZ2fzIQ
Prova de Cafés Especiais
https://www.youtube.com/watch?v=NLUYE3sd4zw
Aprenda a produzir café Conilon especial
https://www.youtube.com/watch?v=73s3dm5g1yc
Fonte: Incaper
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