Gafanhotos estão a 80 quilômetros do Brasil e 4ª nuvem dos insetos é identificada
Após deixar autoridades brasileiras em alerta com a aproximação de gafanhotos ao Estado do Rio Grande do Sul, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), que é uma agência do governo da Argentina, informou que foi identificada a quarta nuvem dos insetos no país.
Entretanto, mesmo com a eliminação de cerca de 80% dos insetos da primeira nuvem, os insetos se movimentara, neste final de semana, e estão a 80 quilômetros de Barra do Quaraí, no Rio Grande do Sul.
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A quarta nuvem da praga agrícola foi localizada em Salta, na Argentina. Segundo o Senasa, o alerta foi feito por um produtor na última sexta-feira (31). “Senasa ainda não a viu. Mas eles nos enviaram um vídeo. Oficialmente já anunciamos que existem quatro nuvens de gafanhotos”, afirmou, ao portal G1, o engenheiro agrônomo e chefe do Programa Nacional de Gafanhotos do Senasa, Hector Emilio Medina.
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O governo argentino ainda não tem informações sobre o tamanho dessa quarta nuvem. Uma equipe do Senasa iria até o local para verificar a presença das pragas.
Pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grade do Sul, têm apresentado simulações e estimativas da trajetória das nuvens de gafanhotos, que estão se deslocando pelo Paraguai e Argentina desde maio. A instituição já havia informado, na sexta, que quatro nuvens de gafanhotos foram localizadas na América do Sul até o momento.
Conforme a UFPel, a primeira nuvem, já acompanhada pela pesquisa, foi localizada em maio, vinda do Paraguai para a Argentina e foi praticamente exterminada na última semana em Federación, divisa da Argentina com o Uruguai.
O município de Federación fica a aproximadamente 90 km, em linha reta, de Barra do Quaraí, cidade da fronteira do Rio Grande do Sul. Segundo o governo argentino, a aplicação de inseticida eliminou 80% da nuvem de gafanhotos.
A segunda nuvem de gafanhotos foi localizada no Paraguai, em 16 de julho, na província del Chaco, e se encontra atualmente em El Pintado. Simulações para esta nuvem foram apresentadas pelos pesquisadores no dia 22 de julho, quando a nuvem estava em General Güemes. Mas, com a chegada do frio, a nuvem se manteve sem grandes deslocamentos desde então.
A terceira nuvem foi localizada pelo governo da Argentina em 21 de julho, e se encontra em Ingeniero Juárez, província de Formosa, na Argentina. A UFPel disse que passou a monitorar esta nuvem e as primeiras simulações são apresentadas.
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