Confira o calendário 2025 do período de andada do caranguejo-uçá

Foto: Felipe B. Fraga/Semmam PMV

Desde a última terça-feira (31) começou o primeiro período da andada do caranguejo-uçá (Ucides cordatus), que vai até o dia 5 de janeiro. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) divulgou o calendário oficial no último dia 20, reforçando as medidas de proteção durante esse ciclo. Durante as datas definidas, a captura, transporte, beneficiamento e venda do crustáceo estão proibidos, garantindo a preservação da espécie em seu momento de reprodução.

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A andada é o período em que os caranguejos deixam suas tocas para se reproduzirem, tornando-se mais expostos à captura. Para evitar a sobrepesca e garantir que os estoques naturais sejam repostos, a portaria estabelece cinco períodos de restrição ao longo do ano, sempre acompanhando as fases de lua nova.

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O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, destacou a importância do caranguejo não só para o equilíbrio ambiental, mas também para a subsistência de muitas famílias.

“O caranguejo-uçá é uma fonte de renda essencial para muitas famílias capixabas. A proteção durante as andadas preserva essa atividade econômica, além de manter o equilíbrio ambiental e cultural. Essa iniciativa é construída em parceria com instituições como a Rede de Monitoramento de Andadas Reprodutivas de Caranguejos (REMAR) e o Fórum ManguES”, explicou Rigoni.

Os períodos de proibição definidos para todo o Espírito Santo são:

  • 1º Período: 31 de dezembro de 2024 a 05 de janeiro de 2025 (lua nova);
  • 2º Período: 30 de janeiro a 04 de fevereiro de 2025 (lua nova);
  • 3º Período: 28 de fevereiro a 05 de março de 2025 (lua nova);
  • 4º Período: 30 de março a 04 de abril de 2025 (lua nova);
  • 5º Período: 28 de abril a 03 de maio de 2025 (lua nova).

A gerente de Biodiversidade e Biotecnologia da Seama, Thais Volpi, lembrou que os municípios têm autonomia para declarar outros períodos de andada, além dos estabelecidos pela portaria estadual. “Essa flexibilidade permite reforçar a conservação do caranguejo-uçá, adaptando-se às necessidades locais”, destacou.

Volpi também alertou para o impacto das mudanças climáticas nos ciclos reprodutivos dos caranguejos. “As alterações do clima afetam diretamente a ecdise e a reprodução, que são processos sincronizados. Este ano, por exemplo, o fenômeno El Niño fez com que a muda da carapaça ocorresse em setembro, quando normalmente aconteceria em outubro”, explicou.

A implementação do calendário não se limita à proteção ambiental, mas visa conscientizar pescadores e a comunidade sobre a importância de preservar essa riqueza natural e cultural. “Esse é um esforço conjunto para assegurar que as futuras gerações continuem a contar com esse recurso vital, fortalecendo a atividade dos catadores”, reforçou Rigoni.

Essa iniciativa reflete o compromisso do Governo do Espírito Santo com o desenvolvimento sustentável, equilibrando a proteção dos ecossistemas com as necessidades econômicas das comunidades locais.

Para acessar a portaria completa, clique AQUI.

Fonte: Seama

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