Como a castanha do Brasil chega até ao mercado consumidor

Foto: Freepik

A castanha do Brasil é uma das maiores riquezas do bioma amazônico. Conhecida também como tocari, tururi, noz amazônica e mais comumente como castanha-do-pará, essa oleaginosa é a principal fonte de selênio do mundo, mineral ausente em praticamente todas as composições alimentares de hoje. Desde a chegada dos europeus à América do Sul, a árvore nativa da floresta amazônica é mencionada e descrita em relatos de viajantes, religiosos e naturalistas.

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Apreciadas pelo seu sabor, as castanhas são ricas em proteínas e vitaminas, com destaque para o selênio, e utilizadas tradicionalmente na culinária in natura ou em subprodutos como o leite ou óleo. Nos últimos anos, a amêndoa amazônica também virou matéria-prima de cosméticos e conquistou o mercado internacional. Além dos usos comerciais, pesquisas na área da saúde apontam que substâncias presentes na castanha do Brasil podem retardar o envelhecimento e até ajudar a prevenir alguns tipos de câncer.

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Antes de fazer o produto chegar às mesas, prateleiras e às indústrias, é preciso primeiro vasculhar as matas em busca das rainhas da floresta – os castanhais nativos. O processo de colheita começa com a abertura e a manutenção de longas trilhas e, depois, identificar, coletar e quebrar o fruto conhecido como “ouriço” – espécie de cápsula muito resistente que guarda em seu interior as castanhas.

E em uma expedição para acompanhar esse modelo de produção da castanha de perto, o sócio cofundador da Mahta, foodtech nacional, Edgard Calfat, viveu a experiência com os coletores da Associação dos Pequenos Agrossilvicultores e Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA, de Rondônia.

“Tive o privilégio de andar em uma floresta primária, que nunca foi desmatada, para acompanhar a coleta da castanha. Pude comer uma fruta descascada ali no local, crua. Ela tem uma coloração levemente mais clara e infelizmente muitas pessoas não conseguem ingerir esse fruto nessa condição, pois não é assim que são vendidas no mercado”, aponta Edgard.

“Ninguém consegue comer a castanha in natura porque ela tem um tempo de vida de dois a três dias após ser descascada. Passado esse período, ela fica azeda, acaba fermentando. Por isso, quem tiver a oportunidade de provar uma castanha natural, faça, é ótimo. Ela tem um sabor agradável, bem semelhante ao coco e é a principal fonte de selênio do mundo”, destaca Edgard Calfat.

E é assim que a castanha do Brasil chega na produção do superfood em pó da Mahta. Ela se soma ao blend de 15 ingredientes provenientes da região amazônica. Vale destacar ainda que a Mahta utiliza como base de seus produtos ingredientes provenientes de comunidades tradicionais da Amazônia e de pequenos agricultores que operam no modelo SAFs (sistemas agroflorestais), como o RECA.

“A Mahta apoia incondicionalmente o modelo dos SAFs e essa é uma opção para diversas populações, já que é uma excelente alternativa à monocultura enquanto é uma forma de explorar a floresta mantendo-a em pé. Não é preciso derrubar a árvore para tirar o fruto da castanheira. O que vai salvar o planeta é o processo regenerativo das matas e biomas espalhados por todo globo”, completa Edgard.

Fonte: Visar Planejamento

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