Assistência Técnica e Gerencial ajuda a melhorar os resultados na piscicultura capixaba
Há anos, Edmar Campanha desejava a aposentadoria para voltar para o campo, sua grande paixão. Morador de Vitória e ex-funcionário de uma grande companhia, depois de 36 anos ele trocou a vida na cidade para trabalhar com a piscicultura na propriedade rural da família, no interior de Castelo, região Serrana capixaba. Em sete meses, recebendo a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar-ES), conseguiu reduzir 95% da mortalidade dos seus alevinos.
O produtor trabalha com a espécie Pirarucu, precisou fazer uma série de adequações para melhorar seus resultados e hoje pensa em começar a comercializar. Ele enxerga potencial na variedade ainda pouco produzida no Espírito Santo.
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“Para reduzir a mortalidade dos peixes, comecei a produzir o zooplâncton, seu alimento primário, adequei o espaço do tanque dos alevinos e instalei uma bomba d’água para estabilizar a temperatura. Hoje consigo economizar, ter segurança nas ações e aumentar a produtividade, graças à ATeG”, explicou Edmar.
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Wanderley Machado também trocou o emprego urbano pela propriedade rural. Ele trabalhou na área de mármore e granito por 18 anos, mas viu na piscicultura uma forma de mudar de vida e estar mais perto da família. Em pouco mais de um ano na atividade e participando da metodologia ATeG, do Senar-ES, ele fez inovações que trouxeram economia: construiu dois aeradores para sua lagoa de tilápia e um tratador automático para os peixes.
Antes do tratador automático, o produtor alimentava os peixes 5 vezes por dia e conta que os animais não comiam bem, pois alguns cresciam mais do que os outros. Esse problema foi superado com o novo equipamento que distribui ração 17 vezes ao dia.
“Um aerador no mercado custa em torno de 2,5 mil reais e um tratador automático de 4 a 6 mil reais. Construindo esses equipamentos, gastei somente 650 reais, economizo cerca de 80% com mão de obra e consigo ter mais qualidade na produção, pois os peixes são alimentados mais vezes ao dia com uma quantidade uniforme de ração”, disse Wanderley.
Wanderley comercializa suas tilápias inteiras, limpas ou em filés e percebeu que a atividade tem potencial para crescer e gerar mais lucro. “Com as inovações que criamos, aumentamos a produção e já estamos fazendo novos investimentos na propriedade. Escavamos mais três tanques e a intenção é aumentar de 5 mil para 20 mil peixes nos próximos meses”, revelou.
Para o coordenador de Formação Técnica do Senar-ES, Fabricio Gobbo, a piscicultura é uma atividade interessante para os produtores capixabas, pois o mercado é crescente. “A tilápia, por exemplo, está agradando cada vez mais os consumidores do Espírito Santo. Sua criação é rápida, em 6 meses você já tem peixes prontos para serem comercializados, e o preço é atrativo”, explicou.
METODOLOGIA – O que os produtores Edmar e Wanderley têm em comum? Enxergam a propriedade rural como uma empresa que, com gestão e técnicas adequadas, tem potencial de crescimento. O técnico de campo do Senar-ES, que os atende com a metodologia ATeG, Fabiano Giori, explica que é importante a dedicação do produtor em todas as fases da produção para atingir resultados crescentes.
“Não basta só o técnico estar na propriedade, mas precisa do empenho do produtor para seguir suas orientações, colocar em prática e obter o resultado planejado. Nosso foco na ATeG é ajudar o produtor a melhorar sua renda e qualidade de vida”, revelou.
Durante a pandemia do coronavírus, os produtores rurais capixabas estão sendo atendidos de forma remota pelos técnicos de campo do Senar-ES, pela internet e por telefone.
Fonte: Senar-ES
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