Agricultura familiar e cooperativismo: uma parceria que transforma o campo
Foto: Freepik

Quando falamos de agricultura familiar e cooperativismo, estamos falando de duas forças que se complementam. De acordo com o Censo Agropecuário do IBGE, 71,2% dos estabelecimentos de produtores ligados a cooperativas são da agricultura familiar. E isso não é coincidência.
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A agricultura familiar é feita por famílias que produzem de forma sustentável e com muito empenho. Já o cooperativismo nasceu com o objetivo de construir uma economia mais justa, valorizando quem produz e oferecendo condições dignas de trabalho. Juntos, esses dois modelos geram impacto real no campo e nas cidades.
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Quer entender melhor como essa união funciona na prática? Acompanhe com a gente.
FORÇA – Segundo o IBGE, 77% dos estabelecimentos rurais brasileiros pertencem à agricultura familiar. Mesmo com produção em menor escala, esse setor é essencial para garantir a diversidade dos alimentos, impulsionar a economia local e preservar o meio ambiente.
Hoje, a agricultura familiar é responsável por quase um quarto do valor total da produção agrícola do país — 23%, para ser exato. Além disso, fornece alimentos frescos, saudáveis e acessíveis, contribuindo diretamente para a segurança alimentar.
VALORIZAÇÃO – Para fortalecer esse setor, o Governo Federal apoia iniciativas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O PNAE garante que parte dos alimentos das escolas públicas seja comprada diretamente de agricultores familiares, gerando renda e valorizando o trabalho no campo.
Já o PAA adquire alimentos de pequenos produtores para abastecer instituições que promovem a segurança alimentar. Ambos os programas incentivam uma produção sustentável e fortalecem o elo entre campo e cidade.
ALIANÇA – O cooperativismo agropecuário é um dos motores do agronegócio brasileiro. De acordo com o Anuário do Cooperativismo 2024, o setor reúne 1.179 cooperativas, mais de 1 milhão de cooperados e 257 mil colaboradores.
Só em 2023, o ramo agropecuário gerou R$ 20,5 bilhões em sobras e somou R$ 274 bilhões em ativos. Dentro desses números, está uma multidão de agricultores familiares que encontram nas cooperativas o apoio necessário para crescer, inovar e permanecer no campo.
SUSTENTABILIDADE – Além de fortalecer os produtores, as cooperativas se destacam pelo compromisso com práticas sustentáveis. Muitas delas adotam os princípios do ESG — ambiental, social e governança — e contribuem diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Esse modelo de gestão ajuda a incluir mulheres, indígenas, pessoas com deficiência e outros grupos historicamente minorizados. É a força da cooperação a serviço de uma sociedade mais justa e inclusiva.
RESULTADOS – O cooperativismo oferece aos agricultores familiares estrutura, apoio técnico, acesso a crédito e oportunidades de mercado. Ao se unirem em cooperativas, pequenos produtores ganham escala, melhoram sua produtividade e conquistam novos espaços sem perder sua essência.
Com isso, também é possível diversificar os negócios, adequar a produção às exigências do mercado e reduzir o êxodo rural. É o campo pulsando vida, geração de renda e desenvolvimento.
INSPIRAÇÃO – Muitas cooperativas familiares são exemplos de sucesso. A Coopaita, especializada em frutas in natura e desidratadas, investiu em tecnologia, parcerias com a Embrapa e design de embalagens para conquistar mercados internacionais. Com apoio da ApexBrasil, a cooperativa participa de feiras, exporta para vários países e mantém uma forte presença digital.
Já a Coopemapi, que reúne apicultores do Norte de Minas, passou a exportar mel em 2019 com o suporte da Agro.BR e do Sistema Faemg/Senar. A cooperativa já alcançou mercados na Europa, Estados Unidos e Ásia, além de lançar produtos como o mel monofloral de pequi, apresentado na feira internacional Biofach, na Alemanha.
O Sicredi, por sua vez, mostra a força da intercooperação. Em 2022, a instituição liberou mais de R$ 10 bilhões em crédito via Pronaf, apoiando milhares de agricultores familiares. Também investe em projetos sustentáveis como Renovagro, FCO e FNO, que ajudam a levar energia limpa e inovação ao campo.
FUTURO – A aliança entre a agricultura familiar e o cooperativismo é um caminho seguro para um futuro mais sustentável e inclusivo. E para fortalecer ainda mais essa parceria, o CapacitaCoop, do Sistema OCB, oferece o curso Agricultura Familiar nas Compras Públicas, que orienta cooperativas sobre as oportunidades nas compras governamentais.
A agricultura familiar tem rosto, história, e um papel fundamental na nossa mesa. E com o apoio do cooperativismo, ela ganha força, voz e um horizonte mais promissor.
Fonte: SomosCoop
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