Ações de cooperativas amenizam dificuldades enfrentadas pelo avanço do novo coronavírus no ES e MG

Bruno Faustino

Fotos: Divulgação

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O asilo dos idosos de Muqui, no sul capixaba, recebeu doações da Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo

O Espírito Santo registrou, até esta quarta-feira (08), 273 casos confirmados do novo coronavírus. Destes, 41 pacientes já estão curados, 180 estão em isolamento residencial e 46 estão internados, sendo 29 em unidades de terapia intensiva (UTI). Desde o início da pandemia, sete óbitos foram confirmados e três seguem em investigação. Em todo o Brasil já são 16.238 casos confirmados, com 826 mortes pela covid-19.

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Os números mostram a dimensão da disseminação do vírus pelo país. Milhares de pessoas estão dentro casa, vivendo em isolamento social, orientação dada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.

Em meio a toda essa turbulência, a solidariedade tem feito a diferença na vida de muita gente no Brasil e também no Espírito Santo. Um dos exemplos vem Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo (Cafesul), de Muqui, no sul capixaba. A diretoria realizou a doação de uma quantia em dinheiro para aquisição de bens de consumo mais urgentes e produtos de limpeza, entre eles, detergente, sabão em pó e máscaras caseiras de proteção feitas por cooperadas do grupo de mulheres da Cafesul.

“O Ministério da Saúde tem uma preocupação muito grande com os abrigos de idosos e, aqui em Muqui, temos um com vários idosos. Nossa cooperativa possui a certificação Fair Trade – por fazer parte do comércio justo, uma modalidade comercial beneficiada por uma produção sustentável economicamente, socialmente e ambientalmente – e recebemos um prêmio por isso. Então, a diretoria se uniu e decidiu usar parte deste prêmio, que é partilhada com os produtores, para ações sociais nas comunidades em que atuamos”, explicou Renato Theodoro, presidente da Cafesul.  

Além de material de higiene, o asilo da cidade recebeu uma doação em dinheiro para arcar com as despesas

Além disso, a Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo doou pó de café para consumo no abrigo. Os produtos foram entregues para a direção do abrigo. A Cafezal  foi criada em 1998 e certificada com o selo de Comércio Justo (Fair Trade) desde 2008.

“O trabalho social das cooperativas em suas comunidades é muito importante”

Renato Theodoro – presidente da Cafesul

Iniciativa semelhante tem sido realizada por outras instituições que fazem parte da Associação das Organizações de Produtores Fair Trade do Brasil (BRFair).

“No sul de Minas Gerais, onde estão concentradas boa parte das organizações integrantes da BRFair, estão acontecendo várias ações, entre elas, doações para hospitais das cidades onde estão localizadas para adquirirem respiradores, produtores que ofereceram máquinas agrícolas para higienização dos municípios… Este é o papel que o ‘Fair Trade’ tem realizado no Brasil. Queremos mostrar que a certificação – o comércio justo – trabalha o econômico, o ambiental e, acima de tudo, o social, principalmente, neste momento tão difícil que estamos passando por conta da pandemia do novo coronavírus”, contou Renato, que também preside a Associação das Organizações de Produtores Fair Trade do Brasil (BRFair).

Segunda maior cooperativa de café do Brasil fecha parceria com prefeituras para desinfecção nas cidades

A Minasul, fechou parceria com as prefeituras de Varginha e Nepomuceno, em Minas Gerais, para o combate ao novo coronavírus. A cooperativa doou bombas costais com os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), além de solução de hipoclorito de sódio e quaternário de amônio, para a pulverização de ruas e pontos mais vulneráveis de contaminação da covid-19.

“A Minasul está junto com as autoridades nas ações de redução da transmissão do coronavírus”

José Marcos Rafael Magalhães – Presidente da Minasul

Foto: Divulgação

A cidade de Nepomuceno, em Minas Gerais, foi uma das contempladas pela doação realizada pela cooperativa Minasul

“Estamos fazendo a nossa parte doando equipamentos e materiais para a desinfecção de locais públicos”, disse o presidente da cooperativa, José Marcos Rafael Magalhães.

A cooperativa doou bombas costais para desinfecção das cidades

A intenção é estender a ação dentro da região de atuação da cooperativa. “É importante salientar que com pequenas ações, mas com boa vontade de todos, poderemos atravessar esta crise com mais tranquilidade e menos sacrifício para toda população. Temos a certeza de que sairemos fortalecidos. Hoje temos mais de oito mil cooperados e estamos trabalhando constantemente para atender as necessidades deles. Mas, neste momento, nosso dever é também com toda a sociedade“, concluiu.

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