Doença africana é identificada pela primeira vez em plantação de cacau no Brasil
Foto: Governo Federal
Uma cepa do vírus “mosaico do cacau” foi identificada pela primeira vez no Brasil, em amostras de plantas de cacau na região sul da Bahia. A informação foi confirmada pela Comissão Executiva Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), depois de testes realizados fora do Brasil.
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A Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC), órgão representativo dos produtores de cacau do Brasil, divulgou um comunicado em que ratifica o compromisso dos produtores com ações que visem ao fortalecimento da cacauicultora nacional, mantendo vigilância constante aos riscos de qualquer natureza que possam comprometer a atividade.
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A nota, assinada pela presidente da ANPC, Vanuza Lima Barroso afirma que já estão ocorrendo cobranças a autoridades constituídas providencias que visem a evitar a introdução de novas pragas na lavoura cacaueira brasileira.
“Manifestamos enorme preocupação acerca da constatação de existir, no município de Ilhéus, a enfermidade conhecida como Mosaico do Cacau – doença provocada pelo vírus (CaMMV – Cacao Mild Mosaic Vírus) que vem causando sérios danos econômicos à cultura do cacau na África Ocidental; local esse onde estão situados os principais países exportadores de amêndoas de cacau para Brasil, fato que nos tem motivado a cerrar fileiras na luta pela adoção de providencias que protejam nossa cultura”, destaca a nota.
De acordo com a entidade representativa dos produtores de cacau, trata-se de vírus que não consta na lista de pragas quarentenárias em território nacional, o que torna mais grave a preocupação dos produtores ante ao aumento de prováveis e futuros danos à cacauicultora nacional. Devido a essa preocupação, a Ceplac coletou e enviou para o exterior, material vegetativo para realização de testes que confirmaram a presença do vírus em território nacional, segundo foi veiculado pela TV Santa Cruz, no último dia 25.
“Ante o risco iminente, a ANPC está oficiando ao MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) pedido de urgente divulgação de Plano de Contingência para o controle da enfermidade, da identificação dos focos de contaminação e do potencial de danos, além da rastreabilidade da doença com a possível identificação da fonte primária de transmissão”, finalizou a nota.
Fonte: ANPC
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