ABIC divulga dados de consumo de café no Brasil
A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), que completa 50 anos e passa por reestruturação dos seus Programas de Certificação, divulga dados que reforçam o papel do café como um alimento importante para os brasileiros e para a indústria nacional. Os números de consumo revelam que, apesar da crise econômica gerada em 2021 pela pandemia, que se recuperou em 2022, a procura por café seguiu seu ritmo: mesmo com leve queda de 1,01% em relação ao mesmo período analisado no ano anterior.
A atualização dos Programas de Certificação é motivada pela Portaria SDA 570/2022, em vigor desde 1º de janeiro de 2023, e responsável por estabelecer o padrão oficial de classificação do café torrado. A regulação dá espaço para a atuação de órgãos de defesa do consumidor, como PROCONS e o Ministério Público (MP), agirem contra denúncias de fraude no produto.
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ENTENDA AS MUDANÇAS NOS PROGRAMAS DE CERTIFICAÇÃO
Serão duas principais alterações. A primeira se trata da unificação dos selos de Pureza e Qualidade. Um café pode ser puro, ou seja, não conter elementos estranhos, mas, ainda assim possuir qualidades desagradáveis ao consumidor. Antes esses cafés podiam obter o Selo de Pureza. Agora, não existirá mais apenas o Selo de Pureza. Graças à unificação, não basta o café ser puro, ele precisa também atingir o padrão mínimo de qualidade estabelecido pela Portaria 570 para ser certificado e conquistar o Selo da ABIC.
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A segunda novidade é a consequência dessa unificação. Os produtos que não atingirem os requisitos mínimos de qualidade exigidos pela norma poderão ser comercializados e deverão ser identificados, na embalagem, como “Fora de Tipo”, entretanto estes produtos não receberão o Selo da ABIC. Dessa maneira, somente produtos acima do nível mínimo de qualidade serão certificados pela Associação.
“Estamos subindo a régua. Por um lado, os consumidores estão cada mais maduros e exigentes, por outro, há o esforço da indústria em buscar constantes melhorias. O mercado está preparado e a Portaria 570 só vem para fortalecer esse movimento em prol da qualidade do café”, afirma Pavel Cardoso, Presidente da ABIC.
Para acompanhar as novidades do segmento, a ABIC passou a ser uma entidade credenciada pelo Ministério da Agricultura MAPA para realizar a classificação do café torrado e moído e segue com o papel de apoiar o setor neste novo momento e defender a qualidade e o consumidor, reforçando a credibilidade conquistada ao longo de quase meio século.
CONSUMO DE CAFÉ NO BRASIL
Consumo chegou a 21,3 milhões de sacas em 2022
Foram consumidas 21,3 milhões de sacas entre novembro de 2021 e outubro de 2022, queda de 1,01% em relação ao período anterior, considerando dados de novembro de 2020 a outubro de 2021. Este volume representa 41,8% da safra de 2022, que foi de 50,9 milhões de sacas, segundo a Conab. No período anterior, o volume representou 45,3% da safra, que foi de 47,7 milhões de sacas, também considerando os dados da Conab, destacando o Brasil como o maior consumidor dos cafés nacionais.
Os dados apurados pela ABIC reforçam o papel do café como um alimento importante para os brasileiros e para a indústria nacional e revelam que, apesar da crise econômica vivida em 2021 pela pandemia, com recuperação em 2022, o consumo de café seguiu seu ritmo: mesmo com a leve queda.
O Brasil mantém a posição de segundo maior consumidor de café do mundo. A diferença para o primeiro lugar, ocupado pelos Estados Unidos, é de 4,7 milhões de sacas. Quando analisado o consumo per capita, observa-se que, em 2022, ele foi de 5,96 kg por ano de café cru e 4,77 kg por ano de café torrado, um pouco abaixo do ano anterior (4,84kg/ano/hab.), devido ao crescimento da população.
Atualmente, as indústrias associadas da ABIC respondem por 71,1% da produção do café torrado em grão e/ou moído, e representam 86,1% de participação (share) no varejo supermercadista. A ABIC registra em seu banco de dados mais de 3.000 produtos certificados.
Fonte: Usina de Comunicação
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