Brasil tem a terceira carne bovina mais cara da América Latina

Foto: Freepik

Mesmo entrando na terceira semana em queda com o preço da carne bovina no país, comprar o produto nas prateleiras frigoríficas e levar à mesa dos brasileiros tem se tornado um hábito cada vez mais restritivo. Mas isso não está acontecendo só em solo brasileiro, segundo estudo realizado pelo banco de dados da Numbeo, realizado neste início de ano, situa o Brasil na 78ª posição do ranking do quilo da carne bovina mais cara do mundo.

Anúncio

Mas quando trazemos este recorte para a América Latina, onde a renda tem menos disparidades, o Brasil tem o terceiro maior preço do quilo da carne bovina: R$ 41,87, o que representa cerca de 3% do salário mínimo de R$ 1.302,00. Na região, conforme filtro da Cuponation do estudo em 100 países, o Chile tem a carne mais cara – conhecido há décadas por esta fama de “careiro”. O quilo chega a R$ 58,36 e um dos motivos do alto preço é o fato do país estar localizado numa região andina.

Anúncio

Os uruguaios também passam por momentos de dificuldades em levar a proteína para casa, sendo o levantamento eles ocupam a segunda posição do ranking com o quilo chegando a casa dos R$ 56,72. No caso do Uruguai, dois fatores de peso são levados em consideração: a forte exportação da proteína e os preços relativamente altos, porque os uruguaios importam a grande maioria dos bens de consumo.

Segundo Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, “o preço da carne bovina é uma questão complexa que envolve fatores como a oferta e a demanda, o custo de produção, as políticas de comércio exterior de cada país, entre outros fatores”. Além disso, o especialista aponta que na América Latina, há uma forte relação entre o alto preço da carne e a exportação.

“Um exemplo disto está em países vizinhos, como Chile e Uruguai, que destinam uma boa parte de sua produção para fora de seus territórios. Além disso, a importação de bens de consumo também tem impacto direto sobre os preços internos”, completa.

No caso dos nossos hermanos argentinos, onde nenhuma refeição principal se come sem carne, ocupam a quinta posição do ranking, logo depois do Peru. Mas nada se compara com o preço da Suíça, onde o preço do quilo ultrapassa a marca de R$ 200,00, seguido pelo Líbano com média de preço de R$ 193,11 e Coréia do Sul com o preço de R$ 173,53.

Dentre os 100 países listados, a Índia, onde boa parte da população é vegetariana, a pouca demanda e produção de carne faz o país ter o preço mais baixo do ranking, com média de R$ 29,00 o quilo, deixando-o na 100ª posição. O país é reconhecido por considerar as vacas como seres sagrados.

Ranking dos cinco primeiros países na América Latina e no Mundo

Na América Latina

  • Chile | 58,36
  • Uruguai | 56,72
  • Brasil | 41,87
  • Peru | 35,69

Argentina | 32,27

No mundo

  • Suíça | 265,46
  • Líbano | 193,11
  • Coreia do Sul | 173,53
  • Noruega | 145,60
  • Holanda | 133,68

Pizzamiglio também destaca a importância do comércio exterior como uma solução para os desafios relacionados ao preço das carnes na região. “Ao explorarmos novas oportunidades de negócios e parcerias comerciais com outros países, é possível ampliar a oferta e, consequentemente, aumentar a concorrência no mercado, o que pode levar a preços mais acessíveis para o consumidor final”, completa o executivo, que afirma que é preciso olhar para o comércio exterior como uma ferramenta para solucionar os desafios da carne bovina na região.

Fonte: FB Assessoria e Comunicação

Anúncio

Anúncio

Últimas notícias

Pesquisa aponta que atividade do comércio teve alta de 0,7% em novembro

Foto: Freepik O mês de novembro foi marcado por uma alta de 0,7% ...

Zootecnista capixaba é eleita a mais influente do ano

Foto: Divulgação A capixaba Renata Erler foi eleita como a zootecnista mais influente ...

Uma fazenda no coração da cidade

Foto: Envato As hortaliças e temperos são produzidos por meio da hidroponia, sem ...

A educação que semeia sonhos e transforma o campo capixaba

Há 20 anos, o Programa Agrinho, do Senar-ES, leva o agronegócio para dentro ...

2024: o ano dourado da revista Negócio Rural

Juntos, Julio Huber e Bruno Faustino conquistaram 13 prêmios de jornalismo em 2024 ...