Cooperativismo conecta o campo à cidade e produção é exportada
Apontado por muitos especialistas como o principal sustentáculo da economia brasileira durante o período pandêmico, o setor agro vem demonstrando a cada ano o seu importante papel para promover o desenvolvimento do país. E quando todo esse potencial é somado a um modelo de negócio justo que pensa no coletivo, como o cooperativismo, os resultados alcançados são ainda maiores.
De forma geral, o setor é responsável por conectar o campo e a cidade por meio da sua produção. Das pequenas propriedades da agricultura familiar, de onde sai boa parte do alimento que chega à mesa do capixaba, até as grandes propriedades com foco na exportação, que levam os produtos da terra para diferentes países e culturas, ele gera um impacto que atinge toda a sociedade.
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De acordo com dados do Anuário do Cooperativismo Capixaba 2021, lançado pelo Sistema OCB/ES, o Ramo Agropecuário foi responsável em 2020 por 35,9% de toda a movimentação econômica das cooperativas atuantes no Espírito Santo. Dos R$ 6,6 bilhões movimentados no ano, R$ 2,4 bilhões são provenientes do cooperativismo agro, que no Espírito Santo engloba 26 cooperativas.
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Além disso, o movimento coop – que conta com outros seis ramos além do agropecuário – recolheu R$ 137,7 milhões em impostos e taxas, ou seja, recursos que retornaram em benefícios para a sociedade capixaba, de Norte a Sul. De acordo com o presidente do Sistema OCB/ES, Pedro Scarpi Melhorim, o cooperativismo agro vem demostrando um crescimento visível, com potencial de aumentar ainda mais a sua participação econômica.
“Hoje somos mais de 35,1 mil cooperados em todo o Espírito Santo, além de 2,3 mil postos de trabalhos que são gerados pelas cooperativas. Por ser um modelo do futuro e por estar pautado em valores humanos, o cooperativismo vislumbra uma possibilidade de ascensão dos seus indicadores. Isso porque, muito mais do que entregar produtos e serviços, ele também promove uma distribuição mais justa de renda, gera oportunidades e ajuda a transformar a realidade das comunidades onde as cooperativas estão”, comenta.
EXPORTAÇÃO – Parte dos itens produzidos pelas cooperativas capixabas ganham os mercados exteriores. Um dos principais produtos em ordem de faturamento do cooperativismo agro é o café, que chegou a registrar R$ 36,4 milhões em exportações para países como Itália, Portugal, Estados Unidos, Colômbia, Cuba e Austrália.
Quando se fala em especiarias, ganha destaque a produção de pimenta. A pimenta-do-reino proveniente das cooperativas capixabas chegou a 29 países em 2020, vinda de quatro continentes: África, América do Sul, Ásia e Europa. O cravo-da-índia também obteve números positivos, com R$ 600 mil em exportação.
“A gente vê que os produtos que saem da nossa terra, que são cultivados pelas mãos dos nossos produtores, estão indo além das fronteiras. O nosso modelo de negócio não está conectando só os capixabas, mas sim o Espírito Santo a todo o mundo, e mostrando que o que produzimos aqui, com base nos valores e princípios do cooperativismo, tem qualidade e gera impacto”, completa Pedro Scarpi Melhorim.
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