Competitividade do agro brasileiro depende da tecnologia, sustentabilidade e segurança alimentar

O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, atual coordenador do GVagro da FGV, e Marcello Brito, presidente do Conselho Diretor da ABAG, falaram durante o CBA

O agronegócio brasileiro é altamente competitivo mundialmente por diversos motivos, entre os quais, o uso da tecnologia em toda a cadeia produtiva, as questões naturais, com solo fértil, clima favorável e água em abundância, a estrutura de financiamento que possibilita o crédito para todos os produtores e, principalmente, as pessoas que trabalham para o segmento no Brasil, que buscam atender as demandas por alimento no país e no mundo.

Mas, para manter essa competitividade, o agro precisa mostrar para as sociedades globais que a sustentabilidade ambiental é prioridade no setor, assim como sua capacidade de garantir a segurança alimentar e do próprio alimento.

Anúncio

Essa foi uma das conclusões do Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), um dos eventos mais relevantes do universo do agro nacional, realizada ontem (03), em formato totalmente virtual, e reuniu mais de 8 mil participantes que puderam acompanhar importantes debates para o desenvolvimento do agro no país. O tema central do encontro promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e pela B3, a bolsa do Brasil, foi “Lições para o Futuro”.

Anúncio

O presidente do Conselho Diretor da ABAG, Marcello Brito, afirmou em seu discurso na solenidade de abertura que o período pós-Covid-19 já mostra os sinais de uma realidade que priorizará a saúde, a sanidade e a sustentabilidade. “Também na esteira da saúde a luta contra a poluição, que em síntese tende a acelerar no mundo a economia verde, de baixo carbono na lógica da economia circular. Isso abre ao Brasil e ao mundo portas oportunas de um novo paradigma de desenvolvimento, numa visão moderna e socialmente mais justa e integrativa”.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ressaltou que o Brasil é uma potência no agro, mas também na área ambiental, porque consegue desenvolver e preservar de forma constante e contínua. “Estamos batendo recordes nas safras de grãos, melhorando nossa pecuária, diversificando nossos produtos e, ao mesmo tempo, diminuindo o uso da terra e aumentando a produtividade”, disse.

Ela ainda acrescentou a importância da tecnologia desenvolvida no país, a partir da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que é voltada para o solo e o clima tropical do país. E, isso contribui para o abastecimento de mais de 200 países e a abertura apenas neste ano de 70 mercados.

O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, atual coordenador do GVagro da FGV, resumiu o debate do Congresso Brasileiro do Agronegócio, afirmando que a pandemia agilizou o processo tecnológico e científico, visto pela maior conectividade e digitalização. “O evento convergiu para dois temas centrais: a segurança alimentar e do alimento e a sustentabilidade”, disse.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, reforçou na solenidade de abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio as ações da pasta para melhorar a infraestrutura, possibilitando uma melhor e maior escoamento da safra. Entre as iniciativas estão: o aumento da oferta ferroviária, com investimentos de R$ 40 bilhões nos próximos anos, objetivando dobrar a matriz; a desestatização de portos para aumentar a capacidade portuária e melhorar o embarque dos produtos e a ampliação da pavimentação de rodovias nacionais.

Já o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, falou sobre o momento ímpar vivenciado pela estabilidade econômica, manutenção da inflação sob controle e dos juros baixos. A B3 tem a missão de desenvolver o mercado e a economia, oferecendo ferramentas de gestão de risco e de crédito. “Assim, estamos levando o setor financeiro para o campo. Continuamos dedicados em ampliar o setor no mercado financeiro para que ele reflita de fato o agro nacional”, disse o CEO.

A abertura do evento também contou com os pronunciamentos do secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira e do deputado Federal e do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Alceu Moreira.

ABAG neutraliza emissões de gases de efeito estufa

Durante a abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, Marcello Brito ainda anunciou que a ABAG é a primeira associação do agronegócio em nível mundial a neutralizar todas as suas emissões de gases de efeito estufa em 2019. Essa ação inédita, pioneira e inovadora foi possível devido ao novo ativo ambiental do agronegócio brasileiro, os CBios, créditos de descarbonização criados na Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio). Para ele, este é um exemplo de empresas e setores que estão comprometidos com o agronegócio de impacto positivo e contribuindo para a sociedade.

Para conferir a íntegra do Congresso Brasileiro do Agronegócio, basta acessar o Canal da ABAG no YouTube.

Fonte: Mecânica Comunicação Estratégica

Anúncio

Anúncio

Últimas notícias

Começou o verão 2024/2025

Foto: Freepik O verão no Hemisfério Sul iniciou-se às 06h20 (horário de Brasília) ...

Sistema Faes Senar-ES fortalece parceria com TJES em prol das mulheres no campo

O Sistema Faes Senar-ES recebeu, na última quinta-feira (19), a coordenadora estadual da ...

Moradora do Norte capixaba ganha caminhão de prêmios e um carro zero em promoção nacional do Sicoob

Foto: Divulgação/Sicoob O que parecia improvável, aconteceu: em um sorteio nacional do Sicoob, ...

Operações apreendem produtos agropecuários irregulares

Ministério da Agricultura e Pecuária realizou novas ações da Operação Ronda Agro nessa ...

Associação dos Suinocultores do Espírito Santo elegem nova diretoria

Os suinocultores capixabas elegeram a diretoria da entidade estadual que representa o setor, ...