Competitividade do agro brasileiro depende da tecnologia, sustentabilidade e segurança alimentar
O agronegócio brasileiro é altamente competitivo mundialmente por diversos motivos, entre os quais, o uso da tecnologia em toda a cadeia produtiva, as questões naturais, com solo fértil, clima favorável e água em abundância, a estrutura de financiamento que possibilita o crédito para todos os produtores e, principalmente, as pessoas que trabalham para o segmento no Brasil, que buscam atender as demandas por alimento no país e no mundo.
Mas, para manter essa competitividade, o agro precisa mostrar para as sociedades globais que a sustentabilidade ambiental é prioridade no setor, assim como sua capacidade de garantir a segurança alimentar e do próprio alimento.
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Essa foi uma das conclusões do Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), um dos eventos mais relevantes do universo do agro nacional, realizada ontem (03), em formato totalmente virtual, e reuniu mais de 8 mil participantes que puderam acompanhar importantes debates para o desenvolvimento do agro no país. O tema central do encontro promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e pela B3, a bolsa do Brasil, foi “Lições para o Futuro”.
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O presidente do Conselho Diretor da ABAG, Marcello Brito, afirmou em seu discurso na solenidade de abertura que o período pós-Covid-19 já mostra os sinais de uma realidade que priorizará a saúde, a sanidade e a sustentabilidade. “Também na esteira da saúde a luta contra a poluição, que em síntese tende a acelerar no mundo a economia verde, de baixo carbono na lógica da economia circular. Isso abre ao Brasil e ao mundo portas oportunas de um novo paradigma de desenvolvimento, numa visão moderna e socialmente mais justa e integrativa”.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ressaltou que o Brasil é uma potência no agro, mas também na área ambiental, porque consegue desenvolver e preservar de forma constante e contínua. “Estamos batendo recordes nas safras de grãos, melhorando nossa pecuária, diversificando nossos produtos e, ao mesmo tempo, diminuindo o uso da terra e aumentando a produtividade”, disse.
Ela ainda acrescentou a importância da tecnologia desenvolvida no país, a partir da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que é voltada para o solo e o clima tropical do país. E, isso contribui para o abastecimento de mais de 200 países e a abertura apenas neste ano de 70 mercados.
O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, atual coordenador do GVagro da FGV, resumiu o debate do Congresso Brasileiro do Agronegócio, afirmando que a pandemia agilizou o processo tecnológico e científico, visto pela maior conectividade e digitalização. “O evento convergiu para dois temas centrais: a segurança alimentar e do alimento e a sustentabilidade”, disse.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, reforçou na solenidade de abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio as ações da pasta para melhorar a infraestrutura, possibilitando uma melhor e maior escoamento da safra. Entre as iniciativas estão: o aumento da oferta ferroviária, com investimentos de R$ 40 bilhões nos próximos anos, objetivando dobrar a matriz; a desestatização de portos para aumentar a capacidade portuária e melhorar o embarque dos produtos e a ampliação da pavimentação de rodovias nacionais.
Já o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, falou sobre o momento ímpar vivenciado pela estabilidade econômica, manutenção da inflação sob controle e dos juros baixos. A B3 tem a missão de desenvolver o mercado e a economia, oferecendo ferramentas de gestão de risco e de crédito. “Assim, estamos levando o setor financeiro para o campo. Continuamos dedicados em ampliar o setor no mercado financeiro para que ele reflita de fato o agro nacional”, disse o CEO.
A abertura do evento também contou com os pronunciamentos do secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira e do deputado Federal e do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Alceu Moreira.
ABAG neutraliza emissões de gases de efeito estufa
Durante a abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, Marcello Brito ainda anunciou que a ABAG é a primeira associação do agronegócio em nível mundial a neutralizar todas as suas emissões de gases de efeito estufa em 2019. Essa ação inédita, pioneira e inovadora foi possível devido ao novo ativo ambiental do agronegócio brasileiro, os CBios, créditos de descarbonização criados na Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio). Para ele, este é um exemplo de empresas e setores que estão comprometidos com o agronegócio de impacto positivo e contribuindo para a sociedade.
Para conferir a íntegra do Congresso Brasileiro do Agronegócio, basta acessar o Canal da ABAG no YouTube.
Fonte: Mecânica Comunicação Estratégica
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