Dólar fecha a R$ 5,18, após mais restrições nos EUA para conter a covid-19
O alastramento do Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) nos Estados Unidos e as medidas adotadas pelo país para contê-la fizeram com que o dólar comercial voltasse a operar pressionado frente ao real. A moeda americana, subiu 1,5% nesta segunda (30), fechando em R$ 5,18. O leilão à vista de US$ 625 milhões, feito pelo BC no início da tarde, teve pouco impacto na cotação. O Ibovespa (principal índice da Bolsa de SP) registrou alta de 1,65%, aos 74.639 pontos.
A valorização da moeda americana foi generalizada. O Dollar Index da Bloomberg, que mede o comportamento da moeda frente a uma cesta de dez divisas, subia 0,69% no fechamento dos negócios do Brasil. Em Wall Street, o Dow Jones avançou 3,19%. S&P e Nasdaq operam com ganhos de, respectivamente, 3,35% e 3,62%. Os investidores ainda demonstram otimismo em relação ao pacote de socorro à economia americana, avaliado em US$ 2 trilhões.
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Na véspera, durante entrevista coletiva, o presidente americano Donald Trump afirmou que a quarentena no país foi estendida até 30 de abril. Além disso, Anthony Fauci, epidemiologista da Casa Branca, avalia que o país poderá ter de 100 mil a 200 mil mortos por causa da doença.
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– A estimativa de milhares de mortes nos Estados Unidos, junto com a ampliação da quarentena por lá, fazem com que o mercado fique sem saber qual direção seguir. Os investidores não têm como retomar a confiança, por enquanto, para alocar recursos em outros investimentos – avalia Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.
Embora a situação da saúde pública americana tenha sido agravada nos últimos dias, os investidores ainda seguem vendo o dólar como um ativo de proteção por conta do tamanho da economia dos EUA.
Fonte: O Globo
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