Intercâmbio tecnológico com Madagascar para melhorar qualidade da pimenta-rosa capixaba
Tecnologias de produção que fizeram de Madagascar um modelo mundial de qualidade e exportação de pimenta-rosa estão sendo compartilhadas com o Espírito Santo através de um projeto do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Este mês, pesquisadores da instituição realizaram uma excursão técnica ao país africano para conhecer práticas que podem agregar valor e aumentar a competitividade da pimenta-rosa capixaba no mercado internacional.
A visita foi parte do projeto “Validação de tecnologias sustentáveis a partir de Unidades de Referência para qualificação da aroeira (Schinus terebinthifolia Raddi) e agregação de renda nas comunidades rurais”, coordenado pela pesquisadora Fabiana Ruas. O objetivo principal foi entender como Madagascar alcançou alta qualidade na pimenta-rosa, que é fruto da aroeira, uma espécie nativa do Brasil introduzida na ilha africana. “Trazer esse conhecimento para o Espírito Santo é estratégico, já que o estado é o maior produtor e exportador de pimenta-rosa do país, mas ainda pode evoluir em qualidade, agregando valor ao produto e melhorando a remuneração dos produtores”, afirma Fabiana.
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Em Tolagnaro (Fort-Dauphin), principal região produtora de Madagascar, os pesquisadores visitaram áreas de cultivo, conversaram com produtores, representantes de cooperativas e empresas exportadoras, além de órgãos de assistência técnica. O pesquisador José Aires Ventura destacou o processo de colheita inteiramente manual como um diferencial. “A seleção de frutos é extremamente criteriosa, resultando em um produto de alta qualidade, que chega a valer seis vezes mais que o capixaba no mercado internacional”, explica. O projeto também prevê a implementação das práticas observadas em Madagascar nas unidades de referência do Espírito Santo, com o objetivo de compartilhar os conhecimentos com produtores e técnicos locais.
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Fonte: Incaper
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