Vitória ganha Centro Municipal Meliponicultura no Parque Barão de Monjardim
Foto: Gabriel Werneck
A capital capixaba agora faz parte do segmento apícula estadual e brasileiro. Foi inaugurado no Parque Urbano Barão de Monjardim, localizado no bairro Santa Cecília, na manhã deste domingo (09), o primeiro Centro Municipal de Meliponicultura – Projeto Ilha do Mel, com a criação racional de abelhas sem-ferrão.
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O projeto “Ilha do Mel” faz parte de uma parceria entre a Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), e a Associação de Meliponicultores do Estado do Espírito Santo (AME-ES), fundada em 2016 e busca ser um instrumento de proteção das abelhas nativas, de formação dos meliponicultores e de apoio aos movimentos socioambientais.
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“Esse local já passou por muitas dificuldades. Já foi um parque abandonado, já foi uma área que sofreu com alagamentos e hoje é um local de contemplação da cidade. Quando trouxemos a Associação de Meliponicultores nessa parceria, neste convênio, mostramos que a cidade dialoga e interage com as pessoas. Vitória hoje é a primeira cidade em gestão pública. Com isso, podemos avaliar transparência, gasto público, produção do poder legislativo, transparência fiscal e, principalmente, o retorno de políticas públicas para a população. Vitória hoje é um farol para o Brasil”, disse o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini.
A parceria, de acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger, visa a capacitação da população em geral no manejo das abelhas sem-ferrão para a produção do mel e de outros subprodutos, muito valorizados no mercado, principalmente na gastronomia, oferecendo para muitas famílias oportunidades de geração de renda que certamente ajudarão no orçamento familiar.
“No segmento apícola brasileiro, em especial a meliponicultura, é capaz de gerar produtos e riquezas, além de promover o aumento da atividade apícola, ao mesmo passo que mantém a biodiversidade nacional. Isso ocorre devido à capacidade que as abelhas nativas têm de polinização, que permite o aumento da disponibilidade de frutos e sementes e a manutenção de ecossistemas”, ressaltou o secretário.
Ainda segundo o secretário, a meliponicultura apresenta importância econômica, ambiental e social dentro de diversos nichos e regiões onde ocorrem as abelhas, pois não necessitam de cuidados intensivos e nem investimento elevado na construção de um meliponário. “A atividade, inclusive, pode ser desenvolvida por meliponicultores de todas as idades, como crianças e idosos”, enfatizou.
“Contamos com mais de 240 associados e estamos juntos em prol do meio ambiente. O principal foco da associação é a conservação de abelhas nativas e a educação ambiental. Temos desenvolvido um plano de ação bem desenhado, mas ainda estamos estruturando como isso vai funcionar na questão de agendamentos. As ações serão divulgadas em breve para a comunidade. Esperamos, com esse primeiro Centro Capixaba de Meliponicultura, alcançar esses objetivos”, disse Camila, associada da AME.
Área destinada à Meliponicultura
A área do Parque Barão de Monjardim, a ser utilizada pela AME-ES em conjunto com a Gerência de Educação Ambiental, se tornará um espaço destinado às atividades de conscientização e de educação ambiental, junto à comunidade local e para escolas, e buscará fomentar a preservação da biodiversidade, o papel crucial das abelhas nativas na natureza, as vivências práticas sobre o manejo e criação de abelhas nativas.
O que é meliponicultura?
Meliponicultura é a criação racional de abelhas sem-ferrão, diferentemente da apicultura, que se refere à criação de abelhas da espécie Apis mellifera (abelha-europeia, abelha africanizada). Na meliponicultura, as colméias podem ser organizadas em meliponários, locais com condições adequadas de temperatura, orientação solar, umidade, oferta de alimento (flores e resinas).
Fonte: PMV
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